Páginas

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

14º Congresso Carioca de Educação Física


14º Congresso Carioca de Educação Física













Variáveis a serem consideradas na decisão do quantitativo de alunos por turma para segurança na aula de natação
Marcelo Barros de Vasconcellos; David Szpilman; Antônio Santos
SOBRASA RESCUE – PR 2018 e SENABOM 2018 - Categoria: Prevenção ativa
RESUMO

Como citar:  Vasconcellos MB; Szpilman D; Santos A. Variáveis a serem consideradas na decisão do quantitativo de alunos por turma para segurança na aula de natação. SOBRASA RESCUE – PR 2018 e SENABOM 2018.

O papel primordial do professor no aprendizado da natação é acompanhar minuciosamente a evolução dos três pilares da natação (propulsão, flutuação e respiração) fazendo assim a natação monitorada. O aluno pode eventualmente evoluir em apenas um dos pilares, entretanto, sua adaptação ao meio líquido estará incompleta por não atingir todos os 3 pilares essenciais. Aprender a nadar pode ser um aliado na prevenção de afogamentos, contudo os profissionais que ensinam a natação devem estar atentos ao quantitativo de alunos por turma para que a aula atenda aos objetivos dos alunos e não aconteça um incidente durante a aula. O objetivo da pesquisa foi identificar quais os fatores influenciam na decisão dos professores de natação para que eles estipulem o quantitativo ideal de alunos por turma. A metodologia foi de pesquisa transversal quali-quantitativa feita em duas etapas, a primeira, n (107) feita entrevistando professores de natação de academias do Estado do Rio de Janeiro; a segunda, n (44) de forma on line, com questionário autorrespondido por professores de natação que fazem parte do grupo piscina + segura, idealizado pela sobrasa. Ambos tinham que responder sobre a quantidade ideal de alunos na natação, por cada faixa etária e quais fatores influenciavam para decidir a quantidade ideal mencionada. Os resultados sobre quais variáveis influenciam na decisão de quantos alunos por turma foram divididas em três grupos (alunos, professores e ambiente). Os fatores relacionados aos alunos são: altura (cm), aquacidade (crianças), competência aquática (adolescente e adultos), idade, maturidade física e mental, liberação médica (apto ou apto com restrição) e os relacionados a ação do professor: posicionamento com área de visão durante a aula (algum ponto cego do tipo pilastra, etc), experiência do professor, possuir auxiliar dentro d’água (estagiário, outro professor) e em relação ao local: acústica, disponibilidade de material didático para cada aluno, duração da aula (min), luminosidade da piscina, existência de barra nas bordas, presença de guarda-vidas de piscina, possuir plataforma de elevação profundidade, profundidade no local da aula (condições do aluno ficar em pé), tamanho da piscina (distância de uma borda para outra), temperatura da água (oC) e turno da aula. Especificamente para aulas com bebê os resultados apontaram que tanto o professor quanto o responsável que acompanha o bebê na água precisa ter competência aquática. Pode-se concluir que existem muitas variáveis que influenciam o gestor ou professor na hora de decidir quantos alunos por turma devem ser alocados. Os profissionais envolvidos na decisão de quantos alunos por turma devem pôr na piscina em cada horário precisam aliar a qualidade, segurança e a lucratividade em cada turma de natação. Neste sentido a segurança do aluno precisa ser protagonista neste cenário, para que nenhum incidente ocorra durante as aulas de natação. Sugere-se que o professor faça uma reavaliação do seu ambiente aquático constantemente para verificar se esses fatores estão impedindo que a sua aula seja segura. Uma futura investigação sobre o peso da importância das variáveis é extremamente necessária, pois permitirá uma reprodução de formato e um protocolo a ser seguido por professores de natação na segurança de seus alunos.

Palavras chave: natação, segurança aquática e afogamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário