Mudanças
temporais nos praticantes de natação adolescentes escolares de Niterói
2010-2017
Categoria: Prevenção ativa
RESUMO
Como citar: Vasconcellos
MB, Veiga GV,
Anjos LA, Polycarpo IEAM, de
Vasconcellos MT L. Mudanças temporais nos
praticantes de natação adolescentes escolares de Niterói 2010-2017. SOBRASA RESCUE – PR 2018 e SENABOM 2018
A natação tornou-se uma das modalidades esportivas
mais praticadas no Brasil¹. Popularizou-se devido a vários fatores: clima
favorável, piscinas em abundância, cidades cortadas por rios, lagoas e praias;
aumento de locais que oferecem aulas; disseminação de projetos sociais de
natação e sobretudo, à divulgação dos benefícios associados à prática. De fato,
todos devem aprender a nadar² seja como forma de prevenção de afogamento ou
melhora da saúde. Entretanto, em algumas cidades brasileiras ainda são poucos
os adolescentes que têm acesso a piscina e oportunidade de realizar aulas de natação.
O objetivo deste estudo foi avaliar as mudanças na prática de natação de alunos adolescentes de Niterói, RJ, entre 2010 e 2017. Trata-se de um estudo transversal
(painel), realizado em 2017, com método semelhante ao utilizado em estudo feito
em 2010³, em amostra probabilística de alunos das 12 escolas da rede de ensino
municipal, selecionada em dois estágios (turmas e alunos) e estratificada por
escola. Nesse universo, informações sobre esportes praticados foram obtidas
pelo mesmo questionário autopreenchido. Os totais das amostras expandidas foram
em 2010, 4545 (3082 meninos), e, em 2017, 4376 (2527 meninas). Os resultados mostraram que as atividades mais
praticadas pelos escolares adolescentes de Niterói em 2017 continuam a ser o
futebol 27,7% e o andar de bicicleta 10,4%. Nenhuma
escola municipal possui piscina e houve diminuição na prática de natação feita
fora da escola pelos escolares adolescentes, passando de 4,6% em 2010 para 2,0%
em 2017. Ao comparar as mudanças na prática de natação, de 2010 para
2017, nos meninos e meninas separadamente observou-se que, nos meninos, a natação
continua a ter a prevalência pequena de praticantes e não teve mudança
significativa de 2010 para 2017 (2,1 % e
2,5 % respectivamente). Nas meninas houve diminuição de 5,8% para 1,6% de um
estudo para outro, sendo então em 2017 mais praticada pelos meninos (2,5% versus 1,6%). Na análise por faixa
etária verifica-se que dentre os mais novos, (10-13,9 anos), a natação teve
diminuição de 6,9% para 2,4% e entre os mais velhos (14-18,9 anos), se manteve
estabilizada com 1,6% e 1,5% respectivamente. Pode-se concluir que entre os
escolares adolescentes da rede pública municipal de Niterói ainda é baixa a
adesão à natação como prática esportiva. Sugere-se que a prefeitura faça uma
parceria com instituições que possuem piscina para que os alunos possam
desfrutar deste esporte que oportuniza benefícios a saúde. Ademais, aulas de
natação podem ajudar a melhorar a aquacidade dos adolescentes4 e com
isso aprimorar o
grau de adaptação de uma pessoa ao meio líquido e suas condições de
autosustentar, dominar a respiração aquática, deslocar no ambiente aquático,
ter consciência corporal e assim, poucas chances de se afogar, sobretudo contribuir
para reduzir os óbitos por afogamento nessa faixa etária.
·
Venancio BO, Tacani PM, Deliberato PCP. Prevalência
de dor nos nadadores de São Caetano do Sul. Rev Bras Med Esporte. 2012;
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· Melo VA, Peres FF. A natação nas escolas do Rio de
Janeiro do século XIX (1853-1889). Educação em Revista. Belo Horizonte. 2016;
32(1): 287-306².
· Vasconcellos MB, Anjos LA,
Vasconcellos MTL. Estado nutricional e
tempo de tela de escolares da Rede Pública de Ensino Fundamental de Niterói,
Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2013; 29(4): 713-22³.
· Vasconcellos, Marcelo Barros. Szpilman, David. Queiroga, Ana Catarina. Mello, Danielli. Swim + safe:
test for diagnostic evaluation and monitoring of water skills of beginner
students. World conference on drowning prevention. Canada: Vancouver, 20174.
·
Contato: professormarcelobarros@hotmail.com
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